O
que para alguns é uma brincadeira, apontar raios laser para a cabine de
aeronaves é um risco para a aviação: a luz intensa pode ofuscar a visão
dos pilotos e até contribuir para que ocorram acidentes. Em 2012, o
Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA)
disponibilizou um formulário on-line
para registro de ocorrências e, em apenas cinco meses, o número de
relatos dobrou em relação a 2011. Até o dia 4 de junho, 670 casos já
foram registrados, contra 250 do ano anterior.
Os aeroportos com maior número de ocorrências são os de Londrina (55
casos), Vitória (44), Brasília (42) e Campinas (41). Mas os casos
ocorrem em todas as regiões: até agora, o único Estado sem casos é
Sergipe. “O que se vê hoje é a facilidade de aquisição deste artefato.
Por isso, no Brasil, nos últimos três anos, houve aumento do número de
relatos”, afirma o Major-Aviador Márcio Vieira de Mattos, da Divisão de
Aviação Civil do CENIPA.
As consequências da utilização do raio laser podem ser danosas, conforme
alerta o Major Mattos. “A probabilidade de se derrubar um avião com
equipamento de emissão de laser é baixa, mas não pode ser descartada,
uma vez que nós temos na frota nacional aeronaves que voam com apenas um
piloto. Quando atingido diretamente nos olhos, o comandante do avião
pode ter dificuldade de interpretar os instrumentos, cegueira momentânea
e a formação de imagens falsas, que numa situação de decolagem ou pouso
pode ser crítica. Nós temos que trabalhar em termos de prevenção”,
afirma o oficial do CENIPA.
cenipa.aer.mil.br
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