Os usuários da aviação geral reclamam há anos que a capacidade do aeroporto é subutilizada, e pedem mais atenção das autoridades para melhorar a utilização do local. E tem mais gente de olho nele. Algumas companhias aéreas pretendem criar uma nova ponte aérea entre São Paulo e Rio de Janeiro, operando quatro frequências diárias entre Marte e Jacarepaguá. O Campo de Marte também é alvo de uma disputa judicial que se arrasta há décadas entre a prefeitura de São Paulo e a União.
Hoje, oficialmente, a propriedade do terreno é compartilhada entre o Comando da Aeronáutica e a Infraero, mas uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de 2008 reconheceu que o município é dono de uma área correspondente a 500 mil metros quadrados, pelo menos. Ainda cabe recurso. Ou seja, o processo continuará se arrastando. E, assim, o quinto maior aeroporto do país em movimento de aeronaves se transformou numa espécie de terra de ninguém, mesmo tendo uma área superior à de Congonhas: são 2,1 milhões de metros quadrados (975 mil da Infraero, o restante da Aeronáutica), contra 1,6 milhão do concorrido e saturado aeroporto da zona sul paulista. Marte tem hoje 47 concessionários, entre hangares de manutenção, táxis aéreos e escolas de pilotagem. Em 2008, recebeu 102 mil pousos e decolagens, mais de 300 mil passageiros e, atualmente, registra em média 280 operações por dia – 60% de helicópteros. Ali também ficam a base de helicópteros da Polícia Militar de São Paulo, órgãos da FAB, o Hospital da Aeronáutica (que atende milhares de pessoas, incluindo pilotos civis em processo de validação de carteira) e o PAMA-SP (Parque de Material Aeronáutico de São Paulo). Sua localização é privilegiada: ele fica ao lado da marginal Tietê, perto da saída para as principais rodovias que levam ao interior paulista e a outros estados. Não muito distante também há estações de metrô e avenidas que facilitam o acesso a bairros importantes de São Paulo, incluindo o centro da cidade.
Ou seja, é perfeito para abrigar um aeroporto em uma cidade onde falta espaço no solo para aeronaves de todos os portes, e também para receber e integrar qualquer tipo imaginável de meio de transporte.
Fonte: Aeromagazine
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