terça-feira, 27 de outubro de 2009

Polícia investiga se houve demora no socorro à passageira

Voo, vindo de Nova York, pousou no Rio no sábado (24).
Filha veio dos Estados Unidos e prestou queixa pelo sumiço de dólares.

A polícia investiga se houve demora no socorro a uma passageira que morreu no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, em um voo vindo de Nova York. A filha dela, Sandra Williams, disse que os dólares que a mãe trazia sumiram.


Maria Petrúcia Ribeiro da Silva, de 68 anos, chegou ao Rio passando mal num voo da TAM vindo de Nova York e não teria recebido a tempo tratamento da equipe médica da Infraero.

Segundo a polícia, dois funcionários da TAM prestaram depoimento nesta segunda-feira (26). O médico e o enfermeiro que estavam de plantão no posto do aeroporto serão ouvidos na próxima quarta-feira (28). Os agentes também investigam o sumiço do dinheiro.

A policia tenta localizar os passageiros que viajaram perto da vítima para saber como ela se comportou durante o voo.

Abalada com a morte da mãe, Sandra, que chegou no domingo (25) de Nova York, esteve na tarde desta segunda na delegacia do aeroporto. Ela prestou queixa do desaparecimento de oito mil dolares que, segundo ela, sua mãe trazia em uma pochete.

Omissão de socorro

Sandra Williams, de 37 anos, diz que houve omissão de socorro e que desapareceram dólares que Maria tinha numa bolsa presa à calça, além de cartões de crédito. A passageira era hipertensa, segundo a filha.

De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), o corpo de Maria Petrúcia foi liberado na tarde de domingo. Ele seguiu para um laboratório em Inhaúma, no subúrbio do Rio, onde está sendo embalsamado e preparado para a viagem. O enterro de Maria Petrúcia, de acordo com o laboratório, será nos Estados Unidos.

Nota oficial da TAM

Leia a íntegra da nota divulgada pela TAM:

"Uma passageira do voo JJ 8079 (Nova York/Galeão) faleceu após desembarcar no Rio de Janeiro neste sábado. Ela começou a se sentir mal quando a aeronave se aproximava da cidade, e o comandante acionou o pessoal de terra da TAM para que pedisse o socorro médico da Infraero, o que foi feito em seguida, às 5h05. O avião pousou e, às 5h28, abriu as portas. O atendimento de emergência não se encontrava no finger, e a passageira desembarcou acompanhada por um funcionário da companhia aérea, que a conduziria ao ambulatório ao aeroporto. Ainda no finger, porém, ela desmaiou. O serviço médico da Infraero foi acionado pela segunda vez e chegou ao local às 5h53, levando a passageira em uma ambulância. A TAM se solidariza com seus familiares e amigos."

Nota oficial da Infraero

A íntegra da nota da Infraero é a seguinte:

"Em referência ao atendimento prestado pelo Serviço Médico do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão-Antonio Carlos Jobim a uma passageira do Voo JJ 8079 da TAM, procedente de Nova Iorque, no sábado (24/10/09), a Infraero esclarece:

•Às 5h27 a aeronave calçou (parou) na posição 47.

•Às 5h35 a companhia aérea fez contato telefônico com o Serviço Médico avisando que no voo havia uma passageira sentindo-se mal. O atendente do Serviço Médico indagou se a mesma teria condições de ir até o posto do Serviço Médico acompanhada por um funcionário da companhia aérea (procedimento de rotina), já que não foi informado o estado de saúde da passageira. O empregado da companhia aérea disse que iria averiguar a situação e retornaria a ligação.

•Às 5h50 a companhia aérea retornou a ligação ao Serviço Médico informando a necessidade de comparecimento do atendimento do Serviço Médico na aeronave. No mesmo momento, o comandante da aeronave solicitou à Torre de Controle o mesmo atendimento.

•Às 5h52 o Serviço Médico desloca-se até a aeronave (tempo de deslocamento até a aeronave é de um (1) minuto). Ao chegar à aeronave, o Serviço Médico constatou que a passageira se encontrava sentada em uma cadeira de rodas, dentro da ponte de embarque, com sinais de parada cardiorespiratória. (Vale ressaltar que todos os passageiros já haviam desembarcado e o Plano de Emergência do Aeroporto orienta que, em caso de procedimento de emergência, os passageiros só podem desembarcar depois do Serviço Médico fazer o atendimento na aeronave). Imediatamente a equipe médica iniciou as manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP).

•Às 6h a ambulância retornou ao Serviço Médico com a passageira, ainda em manobras de ressuscitação cardiopulmonar que continuaram durante o transporte e no serviço médico até às 6h10, momento da constatação do óbito.

•Às 6h14 o Serviço Médico informou ao Centro de Operações de Emergência a ocorrência do óbito.

A empresa lamenta o ocorrido e se solidariza com a família da passageira.
A Infraero abriu sindicância interna para apurar os fatos e responsabilidades sobre o atendimento à passageira e irá colaborar com as investigações no que for necessário a fim de se esclarecer o ocorrido".

Fonte: G1 do Rio/Tv Globo

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